Ataque de grupo anti-gatos deixa donos com medo no Macuco

Há uma semana, Jandira Macedo, 52, moradora do bairro do Macuco, não abre a porta de sua casa para que seu gato Horácio passeie no quintal. Este fato se dá por conta do ato covarde sofrido pelo animal no domingo, dia cinco, por volta das 17 horas.

Horácio estava dormindo no quintal, como de costume, quando sua dona o ouviu miar estridente. De imediato, ela foi averiguar o que havia acontecido e entrou em estado de choque quando viu o modo em que o felino se encontrava. Seu focinho estava coberto por uma substância preta, que Jandira afirmou que "Não sai nem com cloro".

Segundo Jandira, ao abrir a porta, ela presenciou 3 homens encapuzados fugindo. Assustada, chamou seu marido, que foi prontamente socorrê-la. Chegando no local, Adalberto Macedo, 54, o marido, achou um bilhete amarrado à coleira de Horácio, com os dizeres: "Gatos são crueis, gatos devem morrer".

Desde então, Jandira não deixa mais seu gato sair da casa, pois tem medo que o trio volte para terminar o serviço.

Em entrevista à nossa redação, o presidente do Clube do Gato de Santos, Marcos Del Real, conta que esse não foi o primeiro relato de "pichação de focinho" - como os membros do Clube chamam - : "Em novembro de 2011, recebemos as primeiras denúncias. Registramos ocorrência na polícia, porém ainda não há resolução. Depois, nos correspondemos com unidades do clube de outras cidades e descobrimos que, por exemplo, em Taubaté, esta prática é algo comum entre 'odiadores de gatos'!" 

Nossa equipe procurou e encontrou informações sobre casos semelhantes em Taubaté e Assis, onde descobrimos que eles fazem a pichação no focinho do animal, como uma referência ao bigode do ditador alemão Adolf Hitler. 

Em Taubaté, alguns suspeitos já foram indiciados, enquanto em Assis as suspeitas recaem sobre uma mulher, estudante de psicologia da UNESP. Tudo leva a crer que eles possuem conexão com uma possível célula de seu movimento no Macuco, de onde também são provenientes as denúncias de novembro do ano passado. 

Um dos gatos que foi atacado em novembro

A polícia afirma que está investigando, mas pede que os donos de gatos evitem deixar seus animais saírem de suas casas, embora tenha ressaltado que a tinta, mesmo sendo permanente, não é tóxica. Nossa equipe deixa em aberto para que todos os que souberem de novos ataques, entrarem em contato pelos comentários e nos declaramos terminantemente contra a violência aos animais.