Santos pretende tomar posse de São Vicente

Os cidadãos de São Vicente poderão vislumbrar um grande futuro com a chance de se tornarem santistas de fato e de direito. A prefeitura de Santos realizou uma proposta no valor de 34 milhões de reais para comprar o território vicentino, incluindo a área continental.

O Prefeito de São Vicente, Tércio, ainda não tem uma posição sobre o assunto, porém, o secretário do governo Alckmin, Marcio França está negociando os trâmites para que seja possível essa transação inédita no Brasil.

É sabido que o manda-chuva do PSB estadual, França, tem ambição de se tornar prefeito de Santos, caso seja concretizada a anexação. Por outro lado, nem ao menos o PT se opõe, já que o partido considera ter força política em São Vicente, para alavancar a candidatura de Telma de Souza.

A Secretária do Planejamento de Santos, Joana Fagundes, responsável pelo projeto, diz que a Zona Noroeste será, juntamente com a atual parte insular de São Vicente, chamada de "Zona Oeste" e que a região ganhará investimentos sem precedentes: "Queremos que a Biquinha seja o Gonzaga dos próximos vinte anos, que o centro vicentino ganhe o esplendor de uma meca, com potencial para o comércio".

Ainda de acordo com Fagundes, todas as favelas de São Vicente seriam urbanizadas aos moldes do BNH santista e a divisão vicentina de bairros seria respeitada na nova configuração.



Para ganhar apoio intermunicipal, o Prefeito Papa adicionou aos termos ainda a cessão do território do Japui para Praia Grande, excetuando a Ponte Pênsil, que seria um novo cartão postal santista, tal como a Ilha Porchat.

A Presidente da Associação dos Moradores da Orla, Ana Andrade, vê com bons olhos o projeto: "Assim como o túnel que vai unir a Zona Noroeste e a Orla da Praia, a aquisição de São Vicente é boa para a inclusão de pessoas ao way of life santista, a secretária Joana Fagundes é muito competente!".

A decisão do governo estadual sobre o caso deve sair até junho e as votações nas câmaras municipais de ambos municípios deve ocorrer até julho, quando ocorrerá um plebiscito, não prejudicando o calendário eleitoral.