Considerada por muitos a "grande maçã" do litoral santista, a cidade de Santos tem tradição em ser o retrato de obras artísticas. Como é o caso dos quadros de Benedito Calixto e de inesquecíveis músicas e poesias, como "As curvas da estrada de Santos" de Roberto Carlos.
No entanto, Santos será agora o alvo de um tipo de arte totalmente inovadora e inexplorada no Brasil: uma série televisiva que mistura romance e horror.
No entanto, Santos será agora o alvo de um tipo de arte totalmente inovadora e inexplorada no Brasil: uma série televisiva que mistura romance e horror.
Gravada totalmente na cidade, a minissérie "Amores Santistas" promete desde já chocar os telespectadores com algumas das histórias mais macabras que a mente humana já ousou imaginar.
Serão sete episódios independentes entre si, cada um representado por um dos canais de Santos. As histórias se desenrolarão pelas ruas da cidade, palco de amores doentios marcados pela traição, necrofilia, incesto, assassinatos e até mesmo canibalismo.
O que gerou certa polêmica sobre a série foram os boatos de que seria baseada em fatos reais. Sim, o diretor Rodrigo Bernardo buscou inspiração nos arquivos policiais da cidade. Exclusivamente para o nosso jornal, o diretor revelou um pequeno resumo do primeiro episódio:
Canal 4: Santos, cidade da perdição
Caminhando pelo centro da cidade, André Varandas vê uma misteriosa mulher. Segue-a pelas ruas até o cemitério da Areia Branca. A pálida mulher se ajoelha em uma tumba onde chora e canta. André, enquanto a vigiava, adormeceu na chuva. Quando acorda de um sonho febril e delirante, a mulher desaparecera.
A visão dessa mulher atordoa o personagem durante um ano, André, deseja e sofre com aquela lembrança. Nesse momento em diante, mais nada o satisfaz.
Uma noite, depois de uma orgia, caminhando pelo canal 4, ele entra na igreja do embaré, que está vazia e com suas portas abertas. Lá dentro há um caixão entreaberto e o corpo de uma moça. Ele reconhece a mulher da sua visão.
Lá estava a mulher que lhe provocara tantas alucinações e insônias. Era agora uma defunta. André então fecha as portas da igreja, tira o corpo do caixão, beija, despe a mulher e faz sexo com ela.
A mulher, no entanto, não estava morta, apenas sofrera um ataque de catalepsia. André leva-a então para sua casa. Depois de dois dias de delírio e febre, ela morre realmente. André resolve enterrar a mulher no assoalho de seu próprio quarto.
Chama um escultor, encomenda e paga, em segredo, uma estátua de cera da jovem. Quando o escultor vai embora, ele a enterra no quarto, embaixo de sua cama. Durante um ano, dorme em cima da sua sepultura, até que a estátua fique pronta.